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Twitter pode censurar conteúdo por país

A Twitter Inc. anunciou que passou a poder selecionar o conteúdo disponível para os usuários de seu serviço de acordo com o local onde estão, e planeja usar esse recurso para entrar em países com "ideias diferentes" sobre a liberdade de expressão como um direito humano — num exemplo dos problemas éticos enfrentados pelas empresas de internet. A iniciativa ressalta os obstáculos enfrentados pelas empresas de internet à medida que seus sites ficam mais globais e interconectados em vários países, e elas precisam cooperar com visões diversas sobre controle do conteúdo da internet. Para sites como o Twitter e a rede social Facebook, isso significou bloqueio em países como a China, onde a internet é censurada! :S


"Enquanto continuarmos crescendo internacionalmente, chegaremos a países com ideias diferentes sobre os contornos da liberdade de expressão", afirmou o comunicado, que acrescentou que o conteúdo nazista é proibido na Alemanha. Mas a empresa informou que ainda não empregou o novo recurso.

O Twitter informou também que vai notificar os usuários quando censurar os tweets. "Se e quando formos obrigados a censurar um tweet", ou texto do microblog, "num país específico, tentaremos avisar ao usuário, e vamos deixar bem claro quando o conteúdo foi bloqueado, e o por quê", informou.

O Twitter vai colaborar com o site de defesa da liberdade na internet Chilling Effects, que compila avisos de bloqueio de conteúdo, para divulgar essas informações. Essa prática dificultará ao Twitter operar na China, onde executivos de internet dizem que palavras-chave proibidas são tratadas como segredos de estado.

A empresa não informou os países em que planeja usar o novo recurso, mas afirmou que pode não ser uma solução que agrade a todos. Alguns países "diferem tanto das nossas ideias que não há como existirmos lá", afirmou o Twitter, numa referência implícita a países como a China, que baniram o serviço.

A China é o pais que tem mais internautas no mundo. As empresas locais de internet empregam dezenas ou centenas de censores para policiar diariamente o conteúdo criado pelos internautas, e são obrigadas por lei a tirar do ar por períodos variados uma lista atualizada frequentemente com palavras-chave banidas, inclusive as que clamam por ações políticas de cunho pacífico.

A gigante da internet Google Inc., que operou quatro anos na China cooperando com as exigências de censura, tomou há dois anos a decisão polêmica de parar a censura no país e transferir seu site de buscas em chinês para Hong Kong. A decisão foi motivo de muita discórdia dentro e fora da empresa, e até entre os defensores da liberdade na internet, com alguns acreditando que qualquer censura é antiética, e outros aceitando que ter uma presença na China, mesmo que censurada, no fim ajudaria a liberalizar o fluxo de informação no país.

Há dois anos que o Twitter é bloqueado na China por tecnologias de filtragem da web. Alguns usuários mais leais usam ferramentas para se esquivar da censura e acessar o site, mas a maioria dos blogueiros da China usa hoje em dia serviços locais, como o da Sina Corp. e da Tencent Holdings Ltd.

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