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Apple amplia sua lista de clientes corporativos

A General Electric Co. poderia parecer o lugar mais improvável para se encontrar notebooks e computadores de mesa da Apple Inc. nas salas dos funcionários. Mas a tecnologia está aos poucos se infiltrando no dia-a-dia do conglomerado de 120 anos.


Conforme um projeto piloto de um ano, os funcionários da GE podem escolher computadores da Apple em vez de PCs com Windows. A empresa tem agora 1.000 usuários dos Macs e espera que esse número aumente à medida que mais empregados fiquem sabendo do programa.

É pouco: a GE tem cerca de 330.000 computadores, a maioria com aplicativos baseados no Windows. Mas o conglomerado acha que a novidade pode até ajudar a atrair funcionários.

A Apple vem trabalhando para fazer seus produtos chegarem aos clientes corporativos, contando principalmente com uma ajuda dos empregados desses clientes, que pedem às suas empresas para adotarem os aparelhos que eles usam em casa. Um porta-voz disse que a companhia está "radiante" que o Mac esteja ajudando as empresas a recrutar.

A Apple tem muito pouco do mercado corporativo mas está fazendo progressos, de acordo com a firma de pesquisas de mercado Forrester Research, a qual estima que a companhia de Cupertino, Califórnia, vai vender o equivalente a US$ 9 bilhões em Macs e o equivalente a US$ 10 bilhões em iPads para empresas este ano, 50% acima do ano passado.

Em comparação, os gastos corporativos com PCs e tablets não fabricados pela Apple vão cair 3% este ano, para US$ 69 bilhões, prevê a Forrester.


Expandir a sua presença entre consumidores de peso como a GE poderá dar um impulso à Apple e pressionar os atuais fornecedores de PCs do conglomerado, incluindo a Dell Inc. e a Lenovo Group Ltd. O avanço também lembra o esforço inicial da Apple com os smartphones, que mais tarde se tornaram uma ameaça real para companhias como a Research In Motion Ltd., fabricante do BlackBerry.

A GE começou em 2008 a oferecer o iPhone aos seus funcionários como uma alternativa ao BlackBerry. Agora, ela informa que cerca de 10.000 funcionários usam o smartphone da Apple, enquanto 50.000 usam o BlackBerry.

O conglomerado de Fairfield, no Estado americano de Connecticut, não alardeou internamente a opção pelos computadores e laptops da Apple, e como resultado o número de empregados cientes da oferta é limitado. Mas os funcionários das diversas empresas da GE têm direito a optar, desde que não haja problemas de segurança, como os dispositivos para o setor de defesa, ou grandes problemas de compatibilidade com aplicativos indispensáveis.

"Todas as unidades estão participando de algum modo para tornar essa opção disponível aos seus funcionários", disse Greg Simpson, o diretor de tecnologia da GE.

"Ao descobrir que nós apoiamos a Apple, apoiamos iPhones, apoiamos Macs, as pessoas deixam de indagar: 'Essa é uma companhia contemporânea ou não?'", disse Simpson. "Creio que isso é positivo para o recrutamento."

A Apple é agora a terceira maior vendedora de computadores pessoais nos Estados Unidos, com cerca de 11% do mercado, comparados com os cerca de 23% da líder Hewlett-Packard Co., de acordo com as firmas de pesquisa Gartner e IDC.

A Apple foi a única dos cinco maiores vendedores de computador dos EUA a aumentar as vendas no quarto trimestre. A fatia da Apple no mercado de computadores pessoais para empresas é bem menor, menos de 1%, enquanto a HP, a Dell e a Lenovo têm cerca de 25% cada.

A Dell não quis comentar mas chamou atenção para sua posição no ranking. A Lenovo também não comentou, mas ela lançou uma onerosa campanha de marketing para promover sua marca entre os consumidores.

A HP informou estar ciente das incursões da Apple no mercado de empresas e que está trabalhando para tornar seus próprios notebooks mais finos, mais leves, menores e mais elegantes.

"Nós vamos ter o melhor dos dois mundos e oferecer um produto vencedor naquele espaço", disse Carol Hess, diretora de PCs comerciais da HP. "Nós de fato focamos nos clientes corporativos e empresariais, e eu não tenho certeza se é o mercado alvo para o tipo de produto da Apple."

Custo e compatibilidade com sistemas existentes continuam dificultando a entrada da Apple nas companhias, diz Rich Adduci, diretor de informação da Boston Scientific Corp. "A verdade é que eles fazem um tremendo produto, mas há desafios de compatibilidade com nossa infraestrutura de computação corporativa," disse Adduci.

Esse não é o caso do iPad. A Boston Scientific, que fabrica aparelhos médicos, trabalhou com a Apple desde o dia seguinte ao lançamento do iPad para usar o tablete nas suas vendas e já tem 4.500 deles ao redor do mundo. Até o fim deste ano, a Boston Scientific espera poder começar a mudar totalmente para o iPad. "Tecnicamente, nós seremos capazes de dar todo tipo de suporte num iPad," disse Adduci.


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