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Internet 4G é mais rápida que banda larga fixa!

Com velocidade em média dez vezes maior que a 3G, a quarta geração de telefonia móvel (4G) surge como solução para a lentidão da internet em smartphones e notebooks. Como, além da alta taxa de transferência de dados, as principais características do 4G são maior capacidade e menor latência (tempo de resposta), ele promete igualar a experiência móvel à da banda larga fixa. Duas tecnologias dividem operadoras mundo afora no provimento do serviço 4G: WiMAX e Long Term Evolution (LTE). Marcello Campos, professor da Coppe/UFRJ, observa que a primeira não foi originalmente concebida como tecnologia móvel - sua origem está nos hotspots de internet sem fio - mas evoluiu para um padrão possível para celulares. A WiMAX foi adotada pela Sprint nos EUA, mas é a LTE que tem conquistado a indústria global - e a brasileira.

A LTE é mais vantajosa para as operadoras porque ela é a evolução natural das redes CDMA/HSPA, do 3G. Ela também promete ser muito mais rápida que a WiMAX: em teoria, a LTE pode chegar a downloads de 100 Mbps (megabits por segundo), enquanto o máximo da outra em laboratório foi de 6 Mbps. Mesmo assim, comparado às duas, o 3G não é nada com seu pico teórico de 2 Mpbs.Celulares Android se destacam entre os aparelhos compatíveis com 4G, ma bateria é problema

Segundo Erasmo Rojas, da 4G Americas, a LTE está em operação desde dezembro de 2009 na Noruega e na Suécia e possui hoje dois milhões de assinantes no mundo, 90% deles nos EUA. Já há 19 redes LTE funcionando, e a expectativa é que sejam 50 até o fim do ano.

Mas assim como acontece com o 3G, o serviço oferecido fica muito aquém dos limites da tecnologia. Nos testes com a rede LTE da Verizon nos EUA, a velocidade de download ficou entre 5 Mbps e 12 Mbps. Mas isso não quer dizer que seja devagar. Baixar um disco em boa qualidade, com 100 MB demoraria em média 1m40s, por exemplo. No 3G, com uma taxa média de 512 Kbps, custaria 26m40s. Para quem joga games on-line, a 4G apresenta metade do lag (atraso na resposta do jogo) registrado no 3G. O internauta poderá também assistir a vídeos em alta definição com streaming de início imediato e sem interrupções.

Mas o termo 4G tem mais a ver com marketing do que com engenharia, diz Marcello Campos, da Coppe. Tanto que ainda se discute se o que as operadoras vendem é de fato 4G. Para a União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência das ONU, nada do que há por aí faz jus ao termo. O órgão classificou como tecnologias legítimas apenas as LTE-Advanced e WirelessMAN-Advanced, cujos picos de velocidade atingem a espetacular marca de 1Gbps. As duas ainda estão em teste.

Termo 4G tem mais a ver com marketing do que com engenharia, diz Marcello Campos, da Coppe/UFRJ

Os brasileiros mal começaram a trocar seus celulares convencionais por smartphones, mas a perspectiva da implementação da telefonia móvel de quarta geração (4G) já prevê para os próximos anos a necessidade da troca dos smarts de hoje por novos aparelhos, compatíveis com a tecnologia. Isso porque os celulares atuais não vão funcionar na nova rede.

A expectativa é que haja até o fim do ano cem celulares com conectividade LTE nos mercados onde o 4G já chegou. No Brasil eles nem entraram em homologação pela Anatel - segundo Eduardo Tude, da consultoria Teleco, o smartphone mais avançado em consulta no país é um compatível com HSPA+ (3,5G) -, mas alguns já impressionam pela qualidade.

Um deles é o LG Revolution 4G, que roda em Android 2.2 Froyo e vem com processador 1 GHz Snapdragon single-core. O aparelho sai por US$250 em um contrato de dois anos pela Verizon. A crítica especializada saudou a tela de 4,3 polegadas e elogiou o processador, apesar de não ser dual core. E a internet do aparelho funcionou de forma espetacular na rede da operadora, única que já é LTE nos EUA.Operadora chinesa vaza que iPhone 5 não será compatível com rede 4G

O HTC ThunderBolt foi o primeiro smartphone LTE da Verizon. Também Android 2.2, ele chamou atenção logo que foi lançado por sua generosa capacidade de armazenamento de 40 GB (com possibilidade de acrescentar cartão de 32 GB), entre outras coisas. Tem duas câmeras, sendo a traseira de 8MP que filma em alta definição, e tem flash dual LED. Seu preço é igual ao do LG Revolution.

O preço dos aparelhos e dos planos são levemente mais caros que os do 3G nos EUA. O real problema é outro: a bateria. A carga de um aparelho funcionando em redes 4G hoje acaba em menos de um dia.

Apesar da variedade de dispositivos 4G, a indústria vive a expectativa pela chegada do iPhone 5: ele será ou não compatível, afinal? Com seu poder imbatível de vendas, um iPhone com conectividade LTE seria fatalmente responsável por um salto de assinaturas na tecnologia. Mas, na semana passada, a foto de um PowerPoint de uma operadora chinesa parceira da Apple deu a pista que o próximo iPhone será compatível apenas com HSPA+ (3,5G).

Conteúdo do Jornal O Globo

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