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Festival de cinema de Tóquio espera animar Japão após desastres


O 24 Festival Internacional de Cinema de Tóquio começa neste sábado com uma programação diversificada de filmes de arte e comerciais, mas é possível que o maior tema no evento anual seja o esforço do Japão, na vida real, para recuperar-se do maciço terremoto e tsunami de março.

Os organizadores chegaram a questionar a realização do festival, que irá de 22 a 30 de outubro, depois de a tragédia devastadora mergulhar o país em um período de "jishuku", ou restrições, que resultou no cancelamento de vários eventos. Além disso, a crise da usina nuclear de Fukushima afastou muitos turistas estrangeiros.

Mas os organizadores decidiram seguir adiante com o festival para enviar ao mundo uma mensagem sobre a força japonesa, disse o presidente do evento, Tom Yoda, em entrevista à Reuters.

"Tivemos dificuldade em fazer as pessoas entenderem que é seguro vir a Tóquio, mas acho que superamos esse problema", disse ele.

Na verdade, os mil filmes de 76 países enviados para consideração foram 17 por cento mais que os de 2011, e as participações no TIFFCOM, o mercado de conteúdo que acontece simultaneamente com o festival principal, aumentaram 10 por cento, com todos os estandes vendidos.

"Os Três Mosqueteiros", aventura em 3D de Paul W.S. Anderson, e o drama histórico "1911", de Jackie Chan, vão inaugurar o festival; Chan, Anderson e Milla Jovovich, estrela de "Mosqueteiros", vão percorrer o tapete verde, de temática ecológica, no Roppongi Hills, no centro de Tóquio.

O festival vai incluir um dia de sessões de cinema em Sendai, cidade na região costeira mais atingida pelo tsunami, e exibir filmes rodados após o desastre, como "Tokyo Drifter" e "Women on the Edge".

Na competição principal, 15 filmes vão disputar o prêmio Sakura, que vale 50 mil dólares. O festival será encerrado com a exibição do drama sobre beisebol "Moneyball", com Brad Pitt.

Antigamente o festival exibia mais filmes de arte, mas nos últimos anos vem tentando incluir mais trabalhos para o grande público e com boas perspectivas comerciais, especialmente em sua abertura e encerramento, num esforço para agradar ao público mais jovem, disse Yoda, que é também o CEO da empresa japonesa de cinema Gaga.

Mas ele reconheceu que o fato de o festival de Tóquio acontecer no final do circuito anual de festivais faz com que seja mais difícil competir, depois de eventos pesos pesados como Veneza e Toronto, em setembro, já terem atraído os cineastas que querem divulgar seus trabalhos antes da temporada anual de premiações.

Outro problema é o festival de cinema sul-coreano Busan, que acontece no início de outubro e vem se tornando um dos lugares que mais atraem cineastas asiáticos, tendo sem dúvida roubado algumas das atenções de Tóquio.

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