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Credores pressionam Olympus e ações podem ser excluídas da bolsa

Os credores da japonesa Olympus exigirão na semana que vem explicações sobre o escândalo contábil que está abalando a companhia, informou uma fonte bancária na sexta-feira, ainda que tenha negado que devam solicitar mais garantias para seus empréstimos.

O primeiro-ministro Yokihiro Noda também interferiu, descrevendo a situação e apelando por medidas severas para preservar a confiança dos mercados financeiros.

A fabricante de câmeras e equipamentos médicos caiu em desgraça e corre o risco de ver suas ações excluídas da bolsa, e está sendo investigada pela polícia e pelas autoridades regulatórias, depois de admitir esta semana que vem ocultando prejuízos há décadas, e que utilizou pagamentos por fusões e aquisições como forma de ajudar a ocultar o rombo.

O jornal Nikkei informou que o valor acobertado pode ter atingido os 130 bilhões de ienes (1,68 bilhão de dólares), em seu momento de pico, e acrescentou que era provável que os credores insistissem em alterar as condições de seus empréstimos.

Mas a fonte bancária negou que seja esse o propósito da reunião entre a Olympus e seus credores, que incluem o Sumitomo Mitsui Financial Group, Mitsubishi UFJ Financial Group e Mizuho Financial Group. A reunião deve acontecer em 16 de novembro, de acordo com duas fontes bancárias.

Noda afirmou em entrevista coletiva que o governo atribui grande importância a uma contabilidade estrita e transparente, e que o caso da Olympus "precisa ser resolvido de maneira severa; o Japão quer garantir a confiança dos mercados financeiros ao fazê-lo".

Retirar da bolsa as ações da companhia criada 92 anos atrás a privaria de acesso aos mercados de capitais em um momento no qual já perdeu três quartos de seu valor de mercado e seu balanço está vulnerável a correções severas nos valores dos ativos.

As ações do grupo oscilaram na sexta-feira, em meio a pesadas compras e vendas, chegando a perder 10 por cento, caindo a 435 ienes em uma onda inicial de vendas, depois se recuperando em questão de minutos e apontando para ligeira alta.

Elas fecharam a 460 ienes, queda de 4,96 por cento. A empresa perdeu 7,1 bilhões de dólares em capitalização de mercado desde que irrompeu o escândalo, em 14 de outubro.

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